Há sonhos espalhados pelo chão
Há promessas numa folha de papel
Há afectos desatando as mãos
Desabando, como torres de Babel
E depois há o sol, que queima as cores da sorte
E o mar que afoga os pensamentos
Poeiras, trazidas pl’o vento norte
Sujando a memória dos momentos
Há a vida, há a morte, o bem e o mal
O passado, o presente, o que há-de vir
Há as lágrimas, que da alma são o sal
E a esperança, a lembrar-nos de sorrir