Eu me aconchego em teu ombro,
Como a brisa que sopra no oceano,
E ao te sentir em cada sinal, me assombro.
Tamanha alquimia, que vem nos enredando...
Como teias, que se agrupam por fios,
Nos teares, que só o "Amor" constrói,
Nas puras tramas, do teu beijo em ardil,
Carinho, com o gosto refinado dos lençóis!...
Este ato de amor me arromba o peito!
Na penumbra, o meu corpo se desnuda,
Mas, ao atingir o ápice do teu segredo...
Meu olhar te ensina, que amar é o jeito,
Mais sublime de tecer as sisais venturas,
Quando dormires, teu sono em meu leito!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)