Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que em menino tentava transformar
em realidades –
pequenas realidades de criança.
Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que em adolescente sonhei
com graça e ilusão –
a ilusão de um jovem adulto.
Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que em homem converti em
verdades douradoras –
verdades nuas e insofismáveis.
Tenho uma mão cheia de nada
na outra guardo os sonhos
que percorri toda a vida
e ainda aguardam a sua vez –
estar contigo para todo o sempre.
Jorge Humberto
30/07/10