Este outro consegue dizer mais, por ver a todo o comprimento o que não fui. Tu acordas, sentas e falas. Assim te vejo a olhar para o lado, para onde não estou, onde queria ser eu a saber-te ler nos lábios o que por trás dos olhos raramente vejo. Agora sou parado, de vez em quando uma pausa, uma espera que chegues e me atravesses em vez de estares e sorrires e nem saber porquê. O que não fui não to dizia, o que sou não o ouves. Mas a todo o comprimento to digo para que a tua ausência se disfarce enquanto estás à minha beira.
esconder-me de quem me quer ver, mostrar-me a quem não me vê.