Mulher Alentejana é madrigal É aragem fresca, água que corre É sentimento que nunca morre Mulher Alentejana é farol A sua luz faz inveja ao sol
É força agreste, terra barrenta Fruta silvestre, amora preta Veste-se de negro simples discreta Esconde o choro num riso franco Olha o campo é filho seu Morreu na guerra, luto lhe deu Raiva bravia, fundo barranco Que lhe engoliu os sentires Rugas na pele gasta p`lo sol Já foi menina de frescas carnes Foi rainha de alguns amores Hoje velhinha pensa na prol
Olha pró sol, aqui estou eu Vivi a vida que Deus me deu Posso morrer vou descansada Perdi os passos naquela estrada Ganhei o chão onde vou morar Com o meu filho vou descansar
Olha pró sol, ultimo adeus Á terra virgem, barro gasto Já não há trigo, já não há pasto Ai Alentejo dos olhos meus.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´ Julia_Soares u...