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às quintas-feiras saía à rua sem cabeça

 


"Cada uma delas mergulhada numa existência bestial abençoadamente isenta de significado espiritual: esguichar leite, ruminar, defecar e mijar, pastar e dormir, a isso se resumia toda a sua raison d'être." (Roth, Philip. A Mancha Humana. Publicações ...





era quinta-feira, e como nas demais quintas-feiras, retirava a cabeça de cima dos ombros e pendurava-a num dos cabides do vestíbulo, mesmo ao lado do cabide onde pendia o chapéu. saía para a rua sem a cabeça e por onde passava ouvia dizer lá vai o homem que perdeu a cabeça. e ele tirava o chapéu e acenava com a cabeça a sorrir e continuava a jornada sem a cabeça.




 
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cromeleque
 
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Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 29/07/2010 20:32  Atualizado: 29/07/2010 20:32
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 às quintas-feiras saía à rua sem cabeça ao cromeleque
costumava fazer isso às quinta-feiras mas houve uma quinta-feira em que me esqueci da cabeça no cabide do vestíbulo. passei sexta sem cabeça e só no sábado pude ir lá buscá-la. apanhei então o jeito e o vício de ficar sem cabeça quinta e sexta todo o dia e sábado até às 13h.

beijo,
mar.


Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 30/07/2010 03:32  Atualizado: 30/07/2010 03:33
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 Re: às quintas-feiras saía à rua sem cabeça para cromeleque
era como o que tinha gravata,sem a ter de tão digno que era(ao qual o lobo antunes um dia se referiu).

este era talvez louco sem ser.


Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 30/07/2010 12:08  Atualizado: 30/07/2010 12:08
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 Re: às quintas-feiras saía à rua sem cabeça
Sem cabeça e sem pés aí é que o gajo fazia um figurão, porque sem cabeça existem tantos, eu para que a minha não salte agrafei-a mas o pior é que os agrafes estão a ficar ferrugentos e corro o risco de morrer de tétano, mas morro feliz de cabeça atamancada, beijinho cromeleque que espero não seja dos Almendres, gostei de te ler e vou voltar.