O dia acordou e com seu vento tocou-me a face,
sussurou bem baixinho ao pé do ouvido:
Eu te quero!
Em minha pele marcas do que se faz o arrepio,
sinto o corpo queimar desejando que me toque a alma,
ao entardecer no vento quente do norte,
logo avisto o que o destino me trouxe.
Lá onde o horizonte toca o chão,
contemplo a razão da voz que ficou marcada em minha mente,
com ele trouxe a àgua que acalmaria minha paixão,
no nosso leito marcas de um amor marcante, arrebatador,
em meu ventre sementes de dois corpos errantes,
amor proibido em libido,
e assim se arrasta a madrugada forrada com a liberdade,
que nos envolve com sua manta.
Ao amanhecer sinto o frio do corpo que sozinho
chama o seu.
Cecilia Iacona
Depois de dias de mente cansada um poema leve (finalmente) para quebrar o peso da alma.
Boa Leitura