Vejo-te (/beijo-te) e não sou eu
E mesmo assim beijo-te (/vejo-te)
Merda!
Shhhh … …
Não vás por aí
Ordinário! Caminho que renego
Perdoo-te
Como quando foste sanguinário
Lembras-te?
Quando te apossaste do meu ‘Superego’
Fronteira antes sonegada
Por filigrana inviolada
Não há dúvida
Preparaste bem o trilho de outras
Que haverias de descobrir em mim
Melhor assim
Do que andares por aí “feito nim”
D’escafandro ou camaleão
Coração pardo do rateio
Astuta
Nunca te omitiste da labuta
Sempre manobraste a geografia dos teus lugares
Para que
Por entre cefaleias oníricas transpiradas
Fosses tu qu’eu visse ao chegares
Vem
Repousa em mim
A dislexia da tua retina
Ai, con(-)dor
Sim
Mas o sémen com que mitigas
A tua bicada de necrotério
- Em mais esta que p’ra ti se pariu
Não te aflijas!, é obra do teu magistério
Shhhh, usufrui
Não me dês palavras fatigadas,
Prefiro o silêncio
Shhhh, eu vejo-te, e sim, sou eu
E beijo-te.