Arranquem-no a unhadas, tirem-no de seu trono, saqueiem as pedras que restaram lapidadas nesta cadeira gélida.
Já não mais merece tanta honraria e nem mais aromas celestes.
Esqueça-o pois os deuses já não mais agradam peranti o teu corpo coberto de ouro dos tolos.
Sua lei vale menos que o pó de seus calçados, tua palavra caiu no abismo de mil faces junto com o teu rosto entalhado no sofrimento daqueles que te veneravam.
Acalma-te!!!
Triste povo que viveu ao encanto de seu tirano,
Gritem para que libertem a alma que foi presa com uma corrente em seu pescoço.
Sintam o perfume da liberdade que a muito tempo foi tirado sem perguntas, apenas assim se deu a ordem.
Agarra-te!!!
A única gota de esperança que te rodeia a muitas primaveras tentando te acordar deste pesadelo, estenda a mão para que possa te puxar deste poço que se enfiou enquanto é tempo, pois o laço esta pronto, pendurado no galho mais forte da árvore que se mantem dos sangues que por ali foram derramados e momentos de desilusão.
De um basta na teimosia de esperar por dias melhores, sufoque este seu orgulho que algema tuas mãos ao teu ego ferido que já não mais presta para nada.
Apressa-te!!!
Já esta quase a se afogar em sua própria água que nasceu de sua angústia e ganha a cor de seu desespero.
Isso se ainda veres alguma cor no que restou de suas forças.
Acorde!!!
O seu inimigo se faz daquilo que você procura e o prende em sua obscura mente.
Delirios, delirios, delirios.
Veja o caminho que está a sua frente, todos gritam:
Cuidado com os espinhos são venenosos, destroem o coração!!!
E sem querer enchergar lá esta você se arrastando pelo labirinto sem saída, tentando diariamente colher frutos do que você imagina que ali os tem.
Corra, óh povo, corras!!!
O rei caiu e com ele levará toda a Roma.
O tempo já se faz adiantado, mas se abrires o teu intelecto agora ainda há uma chance de conseguir endireitar o único que te abraça e te leva para o lugar de onde nunca deveria ter saido.
O seu próprio ser.
Aproveite a vida, exista!!!
Cecilia Iacona