Uma reflexão de amor
Era uma vez um belo menino de rosto iluminado, seus cabelos rebeldes e seus olhinhos brilham como duas estrelas cintilantes, sua voz era inconfundível uma voz meiga, melodiosa exatamente como a voz do Cebolinha da turma da Mônica.
Falar deste menino é fácil, dócil como ele é encanta qualquer pessoa a sua volta, faz as suas trapalhadas como qualquer criança e suas birras também, mas como ele mesmo digo “Eu amo você”. E como ele nos faz amar sem custar nada, Heitor gosta de brincar como qualquer criança, gosta de afagos, que sejam gentil, peguem ao colo como qualquer criança...
Heitor andava triste e no seu colégio só se falava em andar com os pais na Montanha Russa e ele queria tanto ir com os seus pais, mas não era possível para ele, pois seus pais andavam se desentendendo um pouco e Heitor quase nunca via seu pai, sempre ia para um canto na escolinha triste porque todos falavam de seus pais e saiam com eles e ele passava o seu tempo na sua avó.
A feira estava a chegar a cidade todos os meninos andavam eufóricos, agitados, uns queriam andar nos carrosséis, outros no túnel do terror, outros comer algodão e pipocas e por ai fora, os pais já se formavam na porta do colégio, contando como os filhos andavam felizes com a chegada da feira à cidade.
Heitor ficava triste, pois sua avó ia buscar ao colégio e ele gostaria que fosse seu pai e sua mãe como todos os meninos, sempre se conformava e alargava um belo sorriso e dizia “eu amo você”, sempre brincando e acreditando que um dia isso ia ser possível. Se já foi possível estarem todos juntos e porquê não?
Ele imaginava sua família junta, rindo, brincando, falando de amor, sentindo o abraço do pai e sua mãe, juntos, unidos fazendo as delicias da sua imaginação.Ninguém podia entrar na sua mente e estragar aquele minuto de amor que Heitor sentia e aquela saudade voltava de novo carregando o seu semblante de criança.
Chegou o dia da abertura da feira na cidade e seu colégio deu uma folga aos meninos para poderem ir até a feira se divertirem com seus pais e amigos, era uma confusão total com as crianças, Heitor ia com um primo e os tios. Chegou a feira, ele só queria se divertir seu primo é mais novo que ele um ano, meu Deus como segurar aquelas duas crianças querendo derrubar tudo e todos para serem os primeiros, gritos, birras, choros...
Queriam tudo, tudo mesmo, mesmo escutando um não eles faziam tanta birra que seus tios e pais acabavam por os deixar fazer o que queriam fazer, por um segundo somente um segundo bastou que seus tios distraíram com o seu primo que Heitor sumiu no meio da multidão sem olhar para trás. Seus tios entraram em pânico por completo, ninguém conseguia encontrar o Heitor, a policia foi chamada, seus tios estavam em prantos de aflição. Heitor estava paralisado em frente a uma grande montanha russa, olhando encantado e querendo entrar nela sem saber como, viu um senhor e puxou seu casaco.
Com aquela voz linda ele falou:
- Senhor posso ir consigo na montanha Russa, por favor?
Ele quase brotava uma lagrima dos seus olhos vivos e alegres, meio desconfiado o senhor respondeu mal humorado:
- Faz um favor vai ter com os teus pais anda menino que eu tenho mais que fazer.
Heitor olhou e colocando uma cara triste falou:
- Senhor meus pais não estão aqui, me leve com você, por favor.
Sem conseguir dizer não o colocou em seu colo e o levou com ele na montanha russa.
Tantos carros e era tudo brilhante à volta, com carinho o senhor colocou os cintos de segurança, falando de forma carinhosa.
- Eu estou aqui não tenhas medo, tu estas comigo.
Começou a corrida da montanha, tudo era novo, olhava para baixo e via as luzes cintilarem, as pessoas pareciam pequenas formigas, mas a montanha atingia a velocidade maior e Heitor sentiu um frio gelado na sua barriga e começou a chorar de tanto medo.
Aquele momento era único, ele queria sua mãe e seu pai com eles não teria medo, mas eles não estavam ali, chora, ainda mais intensamente e o pobre do senhor sem poder fazer nada e pedindo que aquele momento acabasse rápido.
O trem parou era uma agitação fora do vulgar, muita policia e correram para a direção do Heitor e agentes mal encarados colocaram algemas no senhor e ele barafustava que não tinha alguma culpa.
Os pais do Heitor estavam ali, as lagrimas corriam pelo rosto de alegria por poderem abraçar seu filho naquele momento não existia espaço para guerras e palavras amargas e uniram dando graças a Deus por ele estar bem e ali.
Heitor sorria vendo os seus pais abraçados a ele e pedia a Deus que aquele momento não terminasse mais.
Quando chegou a casa, correu para o seu quarto e pegou no seu pequenino anjo da guarda e chorou pedindo que seus pais ficassem juntos para sempre...
Nem todas as, historias tem finais felizes e esta aqui, não será diferente quem se importa com os sentimentos de uma pequena criança, que facilmente nos diz “eu amo você” e quem o ama incondicionalmente? Quando os grandes colocam suas frustrações acima da dor de uma bela criança o mundo não pode girar no amor.
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