Morreu uma planta no jardim das acácias.
Move uma velha serpente sob as pedras.
Peixes rosados pela superfície das águas.
Um grito quebranta a mudez das matas
E rompe através das penhas escarpadas
De um antigo tempo em espaços novos
Onde vingam os sonhos todos dourados
Atrás das sombras dos montes azulados...
Queda uma fina folha ferida pelo tempo...
Punge-me um punhal de prata no peito
Enquanto lágrimas deslizam nos seios
Criando um tênue véu rico e alvacento
Donde me embriago e me entorpeço...
Em Praga nasce mais um de um beijo.
Na Bélgica pousa uma ave e uma rã a alicia.
Voa em asas doiradas um pássaro de vento.
Repousa a noite nas mansas águas macias.
Polvilhando nossos cabelos, a mão do Tempo...
Todos dormem na espera santa do novo dia...
Brotou uma flor no jardim das acácias...
Gyl Ferrys