Poemas : 

Incenso Proíbido

 
Escrevo numa das margens

Da lezíria...

palavras mais do que soltas...

“Imunes”...

Gozando em pleno,

A

liberdade de pensamento...

A surdez melancólica,

entre duas montanhas...

Em

vales demasiado profundos

lacrimeja o rio...

onde o espírito se define

Se agita...

no sopé da montanha

Amotinam-se...

...flutuam rios de vida

Ensanguentada

a revolta

de puras lágrimas...

Num motim

derretidas por um sol

Devasso

de um dia como hoje...

Ter o privilégio

A honra,

dizer a palavra...

Chorando,

tocar a guitarra...

mesmo que amanhã chova

Na melodia

acompanho-te... sozinho num sonho

Devaneio...

durante o mistério da noite...

A cópula,

em que escondemos todas as nuvens...

A aliança

que nos une na escrita...

na partitura que

toca meu livro enegrecido...

Um abraço definido...

Um tempo...

Uma voz

que mostra sua próxima página...

Aromático odor...

Libertado no desfolhar

Deste livro...

O...

“INCENSO PROIBIDO”...


JC Patrão/ Ana P.

 
Autor
ARCO-ÍRIS_NEGRO
 
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