Escrevo numa das margens
Da lezíria...
palavras mais do que soltas...
“Imunes”...
Gozando em pleno,
A
liberdade de pensamento...
A surdez melancólica,
entre duas montanhas...
Em
vales demasiado profundos
lacrimeja o rio...
onde o espírito se define
Se agita...
no sopé da montanha
Amotinam-se...
...flutuam rios de vida
Ensanguentada
a revolta
de puras lágrimas...
Num motim
derretidas por um sol
Devasso
de um dia como hoje...
Ter o privilégio
A honra,
dizer a palavra...
Chorando,
tocar a guitarra...
mesmo que amanhã chova
Na melodia
acompanho-te... sozinho num sonho
Devaneio...
durante o mistério da noite...
A cópula,
em que escondemos todas as nuvens...
A aliança
que nos une na escrita...
na partitura que
toca meu livro enegrecido...
Um abraço definido...
Um tempo...
Uma voz
que mostra sua próxima página...
Aromático odor...
Libertado no desfolhar
Deste livro...
O...
“INCENSO PROIBIDO”...
JC Patrão/ Ana P.