Semeio o vento
e colho brisas
que carinhosamente despenteiam o meu rosto
que semeia o aborto e colhe crianças
que deliciosamente despreocupam os meus olhos
que semeiam a discórdia e colhem harmonias.
Semeio rosas
e colho espinhos
que rasgam a pele como papel.
* Série de Poemas manuscritos nos anos 70, período da ditadura militar no Brasil, por um jovem poeta Anônimo.