Entro um momento e outro
Um pedaço de giz quebrado aguarda
A ardósia fria
Um caule suspenso à raiz espera
O momento de brotar
A asa meio aberta no ar limita
A vontade infinita de voar
Tudo permanece no telheiro de uma casa
Entre a sombra e a projecção
De um movimento
Em forma de segredo os beijos explodem
Como se fossem fogo de artificio
Num copo de vidro transparente
À beira das distâncias
Toda a lonjura dói!
Cada passo não é mais que o cansaço
Do que se prende aos dedos
E é vento!
Inventamos a vida numa embarcação
Estagnada
Seguimos sorrindo
Mais nada!
26-07-10