Eu não me considero poeta.
Até estou bem longe de o ser.
Mas não sou nenhum pateta,
Como alguém quer fazer crêr.
Abro os olhos e o que vejo,
Quase me turva a visão.
Não era esse o meu desejo,
Nem essa, a minha ambição.
Só posso ver com os meus olhos.
E cada um, que faça igual.
Eu vejo a merda aos molhos.
O que para outros, é normal.
É muita a filosofia,
E a sabedoria de viver.
Assisto a cada ironia,
Que mais vale esquecer.
Há, os que para si não sabem.
Mas vão tentando dar lições.
Por mim, nem que se babem.
Não lhes dou satisfações.
Querem que eu viva contente,
Cheio de alegria e amor.
Mas cada um, sente o que sente.
E só eu sinto a minha dor.
Ninguém tem nada com isso.
Também é uma verdade.
E só eu posso falar disso,
Por ser a minha realidade.
Há quem tenha na mania,
Da crítica sem fundamento.
Puro sinal de hipocrisia,
Pura asneira de jumento.
Porque para criticar,
Tem que se saber, do que se fala.
Senão, fala-se só por falar.
E só tem razão, quando se cala.
Para si próprios não sabem.
Mas insistem em dar lições.
E mesmo que a si se gabem,
Não passam de aldrabões.
Neste mundo já não cabem,
Por serem tantas as opiniões.
Do que falam, nem eles sabem,
Pois só vivem de citações.
zeninumi 8/8/2007
zeninumi.