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TRISTE REALIDADE
(Jairo Nunes Bezerra)
Pelo espaço fui jogado,
Sentira apenas a aproximação de um carro...
Vi-me com pernas e braços arrancados,
E corpo dilacerado, pelo chão espalhado!
Tudo se apagara de repente,
Acordado, vejo a realidade pronunciada...
De que nada existe pós morte, nem a mente,
E inconsciente regressamos ao nada!
E mais acabrunhado tento viver o presente,
De falsa esperança ausente,
Cônscio de que sou apenas matéria!
Sei... Após morte, vivência de um sono eterno,
Prevalecerá um árido deserto,
Sem prenúncio de sangue pelas artérias!
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