Na vida tudo acontece.
Nunca penses estar seguro.
A fruta toda apodrece,
mas tu nunca estás maduro.
Há coisas que acontecem,
Sem tu nunca as perceberes.
E há pessoas que não merecem,
Terem estranhos poderes.
Há quem nunca acredite,
Em tudo o que outros crêem.
E por isso não medite,
Nos males que vão e vêm.
E se és um azarado,
Só te acontecem azares.
Pareces estar embruxado,
O azar vem sempre aos pares.
Um azar, nunca vem só.
Quando chega, vem aos pares.
Tanto azar até dá dó.
É o cúmulo dos azares.
Há coisas que acontecem,
Sem haver uma explicação.
São coisas que não se esquecem,
Por serem má recordação.
Se és um azarado,
Eu só sei que no final,
Depois de tudo acabado,
Tudo te corre mal.
Por dentro ou fora da lei,
És sempre um azarado.
O porquê disso eu não sei,
E também tenho perguntado.
Quando o azar bate á porta,
Mesmo estando ela trancada.
A vida ele te corta.
Pois tem sempre outra entrada.
Quando tudo o que acontece,
Nunca tem explicação.
A vida quase parece,
Uma alucinação.
Nada de bom te acontece.
Por isso andas deprimido.
Só a merda é que aparece,
O bom, não tem aparecido.
Em tudo o que acontece,
O azar vem enleado.
O sangue quase arrefece,
E sentes-te atrofiado.
Não podes viver contente,
Com tanto azar a chegar.
Sentes-te quase impotente,
Para resolver tanto azar.
Quando o azar bate á porta,
Mesmo estando ela trancada.
Ficas com uma vida morta.
Ficas com a vida azarada.
Ao morrer, morre-se só.
E acaba o azar na vida.
O corpo fica em pó.
Mas a alma fica perdida.
Perdida no labirinto,
Que conheceu nesta vida.
Vagueando no recinto,
E voltando á partida.
zeninumi 8/8/2007
zeninumi.