Para cá e para lá,
sempre se inclina
ao vento o ramo em flor,
para cima e para baixo
sempre meu coração
vai feito uma criança
entre claros e nebulosos dias,
entre ambições e renúncias.
Até que as flores se espalham
e o ramo se enche de frutos,
até que o coração
farto de infância
alcança a paz
e confessa: de muito agrado
e não perdida
foi a inquieta jogada da vida.
Hermann Hesse, escritor e poeta alemão (In: "Música da Solidão", 1915).