Na minha atmosfera
O teu nome ficou bem escrito neste coração.
A tua boca bem beijada no meu sonho.
Os teus olhos bem protegidos ao sopé de Sião.
Sião, onde perdi o sorriso risonho.
O teu pensar pensei antes
De saberes que pensas pelo Cervantes.
O que não egocentraste, egocentrara Galileu
E quem agora vacila sou eu.
Nunca visitei terra da qual Deus esquece
Nunca abriguei de frio filósofo que alguém desmerece
Nunca o universo tirei da mão de cientista prestes a morrer.
Só procurei o que foge a correr.
Quem o segundo aperta o peito contra um metal,
Vê sob o banco um passarito banal,
Que bica grãos de escórias humanas.
Sou apenas uma das inúmeras almas
A quem Deus confiou a terra.
E ninguém me exprobra na minha atmosfera.