Para além do que pretendas
em mundos imaginários...
Vemos tua alma ensolarada
através do vidro de nossos corpos
que por ti são mercenários...
Teu coração de uma papoila
mistura de teu vermelho
e meu negro
floresce na montanha cinzenta
onde nos guias
Onde erraste?…
Através de caminhos desalinhados
quem pode seguir esses passos?…
Quem merece sangrar
Nesses espinhos que deixaste?...
O bem..
O mal…
Uma paixão que nada sentia
vista através da íris
de uma pequena fada
que segue por uma estrada vazia
em tua desejada madrugada…
Sem fim…
Sem tráfego…
Onde o silêncio termina...
Onde num alegre desassossego
com tua loucura,
apenas a sombra de uma guerreira...
Grita um lamento,
uma candura,
mas não solitário como pensava...
Sons de um mundo secreto
mas não auto infligido
nunca quiseste tomar o chá da solidão,
de folhas em turbilhão…
Lágrimas são farripas…
Que escondem uma imensa energia...
Em cada brisa que percorre...
Teu campo negro de tulipas…
JC Patrão