Eu queria poder acreditar que você não foi embora
Queria ter força nesta manhã para enxugar este rio de lágrimas que a minh’alma chora.
Ter a alegria dos colibris no alvorecer da aurora
E ser bem mais feliz do que foi outrora.
Quando eu podia compartilhar contigo os meus anseios,
Quando a minh’alma caminhava desembaraçada.
Eu não me imaginava longe dos teus seios,
E não imaginei que a minh’alma ficaria tão desesperada.
Quantas e quantas noites chorei sem a tua presença
Superando tantos desafios...
O meu peito doía como uma doença
E do meu coração o sangue escorria em rios.
O teu amor em minha vida foi um marco
Que não esquecerei um só instante.
Mesmo ferido reteso o meu arco
E começo a compor versos delirantes.
Que me faz viajar...
Num mar de ilusões
Onde eu nunca pude te encontrar
Seria preciso dois corações
Para dividir esta imensa dor que trago no peito
Que sufoca pouco a pouco as minhas palavras
Triste e sem forças me deito...
E os olhos da minha alma ensopam o meu leito com as lágrimas.
E assim com o peito dolorido
Vou adormecendo lentamente
Guardo na memória as lembranças dos teus gemidos
Que me envolviam de repente.
Tudo isto me faz lembra a tua face singela e carinhosa
Teus carinhos, delírios e desejos
O sabor da tua boca gostosa
Que me enlouquecia com os teus beijos.
Adormeci... os anjos testemunharam o meu sonho
Em sonhos te vi contente...
Com o semblante risonho
Relembrando o amor da gente.
Recordando os nossos abraços
Os mais prazerosos e apertados que dei na vida
Hoje me deparo com os imensuráveis espaços
Não preenchidos eu nunca vou te perdoar pela sua partida.
Escritor e Mestre Jailson Santos
Escritor Acadêmico Jailson Santos
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