Traga-me o seu corpo novamente,
E encosta teu peito ao meu...
Que te agarro fortemente,
Dizendo segredos ao ouvido seu...
E entrelaço minha perna entre sua,
Cruzando-a no formato do amor...
Como que dançando a luz da lua,
Mesmo que no meio do corredor...
E seria como se estivesse em “La Ricoleta”,
Traria-lhe voando nas asas de um tango...
Colorido, como uma borboleta,
Mas rápido como um ximango...
Porque Buenos Aires nos espera,
Numa manhã fria, de um final de estação...
Para formar a perfeita atmosfera,
E dançar no meio de um salão...
Trocando os paços entre os olhares,
Confabulando com os olhos, a poesia...
Então me avise, se ao céu tu chegares,
Quando num tango encontrares esta magia...
Pois estaremos adernados em nós mesmos,
E emocionados, não encontraremos razão...
Mas saberemos a parte de nosso sesmo,
Deixando apenas ser levados pela emoção...
Pois a noite acabará como o vinho,
E embriagados, ao dia vamos adentrar...
Dividindo caricias com carinho,
E um último tango vamos dançar...