Quando nossos corpos se atraíram
Nos abraçamos mutuamente com tanta avidez
Que as nossas mentes se distraem
Quando nos beijamos como se fosse à última vez.
Sinto sua estrutura estremecida
E ao te abraçar também vibro
Como se fosse o último momento da minha vida
Prestes a espatifar-se como cacos de vidro
A irresistível tentação
Dos mais sedentos e incontroláveis anseios
Faz fribilar dentro do meu peito um coração
Que te deseja por todos os meios
E involuntariamente grita, saltita
Contraria normas, perde a estribeira
Não sei se você escuta as palavras que o meu coração dita
Pois te amo da minha maneira
E é isto que possibilita
Em teus ouvidos os ecos da minha voz suave
Quando sinto a tua alma aflita
Beijar-me a boca com ósculos vorazes.
É um beijo que me enfraquece
Tento buscar forças em meio a esta fraqueza
E pressentindo que partirás minha alma adoece
E de repente gotas de lágrimas rolam sobre a mesa.
Em meio aos abraços senti tua delicadeza
Agora com meus braços vazios vejo você ir embora
Minha alma te olha perplexa, surpresa
E desde o dia em que você partiu minh’alma chora, chora, chora...
De tanta saudade...
Das longas noites sem pudor
Onde com tanta liberdade
Mutuamente juramos amor.
Com as nossas almas desvairadas, nuas
Livres, sem gestos reprimidos
Caminhamos juntos pelas ruas
Foram momentos que nunca mais serão esquecidos.
As eternas lembranças dos momentos de prazer
Recordações vibrantes que nunca mais esquecerei
Volto a dizer: eu nunca mais vou esquecer
A última noite que te abracei.
Escritor e Mestre Jailson Santos
Escritor Acadêmico Jailson Santos