Meu bom colibri,
Você que do mel transborda nos lábios
Você que cada instante nos vãos exalas
O odor da acácia e das pétalas macias.
Odor sublime que a todos os sábios
Trás o livre semblante de doçura.
O tédio da vida quem pensa em ti vence,
Pois só a ti este dom sagrado pertence.
O dom de trazeres luz na treva escura;
Fazes as asas moverem qual uma criança,
A luz em cheio bate sem a transformar,
As cores delas só vistas na lembrança
Se vão de flor em flor em aliança
Do bico e o corpo todo a formar
O belo brilho que em nós
Transformas em bonança.
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