Quem sou?
Quem somos?
Quem fui?
Quem fomos?
Quem serei?
Quem seremos?
E todo dia, a mesma dúvida
Das perguntas, sem respostas será?
E toda manhã, o mesmo sol
E toda noite, a mesma lua
Todavia, não há nascente igual
Tampouco poente igual
Com certeza, cada lua minguante,
crescente ou cheia, é a mesma lua.
Cada dia, é uma esperança
possível de ser alcançada
Daquilo que foi ontem projetado
Daquilo almejado no futuro
Viver é mais que acordar
E o sol de inverno a cumprimentar
Viver é mais que dormir
No sono dos justos e sonhar
Viver é mais que indagar
E respostas o tempo todo procurar
Viver é a cada precioso instante
Celebrar o milagre da vida diante
De coisas simples, emersas do cotidiano
De coisas singelas, imersas no espírito
E neste aprendizado, sem percebermos
as respostas vão aos poucos surgindo
Para, como sempre, insatisfeitos
Novas rodada de perguntas fazermos
E a saideira, hein, quando será?
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em julho de 2010.