Enquanto a escuridão toma o céu.
Deito minha cabeça sobre as plumas,
E afundo-me na morbidez de minhas memórias.
Cada lembrança de cada sorriso e gesto teu são como adagas,
Perfurando,
Retalhando cada pedaço do meu ser.
Sorrisos esses que não verei mais.
Sorrisos que formam em meus olhos lágrimas de culpa.
A saudade consumista tomando cada parte de minha mente.
Seus últimos momentos que não presenciei,
E sei que em meu ser mais sombrio e sangrento sei que isso lhe pôs um fim.
Sofro com a insônia de saber que adormeceste em teu sono profundo e eterno em dor, solidão e inquietude.
Desculpe-me por ter te deixado.
Perdoe-me pelo meu erro sem perdão.
Mas se ainda quiser, condene-me ao que preferir.
Sinto pelo que lhe fiz.
Sinto falta de sua quente mão me ajudando a me erguer,
E ainda assim te deixei quando você caiu em seu buraco mais profundo.
Mas não se esqueça jamais,
Eu te amo para todo o sempre,
Para além dos meus últimos batimentos.