Obrigado à vida
por de mim ter feito quem sou!
Que rejubilem no ceu as estrelas
do firmamento,
que dance a lua
ao som da sinfonia
que canta este meu canône
e seja a vida que ha em mim
seu par nesta valsa do destino!
Mas que as minhas entranhas guardem
no meu graal a sombra
do não-ser
que um dia me habitou.
Foi ela a prece de um tempo
que é hoje este meu grito.
RICARDO LOURO
Ricardo Maria Louro