Não sei se sou Flor,
Mas sei dos espinhos que a dor por ti causada evoca,
Por isso quero apenas decifrar o desconforto do abandono,
E com isso degustar o sal que verte,
Esmiuçando o que dói,
Deixar que emurcheçam os poros...
Por isso permite que agora eu vá,
Não deixa o teu riso cruzar com meu pesar,
Teu rir é incompatível com o meu chorar,
Teu brilho de sol ofusca meu lívido luar.
Portanto desta vez, deixa que eu vá...
Pensei teu Sol a iluminar meus dias,
Raios teus que me cabiam,
Pratas do meu luar ávido e enternecido
Porém pequei pus minha alma da tua assim tão perto
Não houve encontro, e sim deserto,
Escuro e solidão...
Quando tu despontas já estou a me aninhar
Ao teu deitar solene, sou eu em prata a brilhar,
Razão porque esse encontro certo nunca não dará...
Ciclos que se fazem, desfazem e refazem,
Eterno desencontrar.
Nunca tua flor eu fui...
O que sonhei, desfiz,
Com o teu destituir.
“Espinhos somos no caminho de nossas próprias flores...”
“Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua...”
A flor e o espinho: Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha.
[size=large]Citando:
A felicidade é branca... O amor tem matizes que nos fazem ver o infinito..
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O desejo de escrever persiste, por vezes em tons felizes, vibrantes cores, outras em tons pastéis. cor de pérola, mas o que importa é que não há r...