Eu sou a força gasta
Que sustenta os dois extremos.
Eu sou a tensão corroída
Que aguenta os dois extremos.
Sou a dor dilacerante
Das fibras a romperem-se.
Sou a esperança
Das fibras resistentes
Reunirem forças
Para de novo sustentar os dois extremos.
Eu sou o Cristo dos novos tempos:
Prostrado.
Sou o Buda alheado,
Agitado por todos os outros focos
De necessário equilíbrio.
02/08/2007