Sentado a beira do rancho
Moro ao longe no lançante
Um pingo baio de aquilinas esvoaçantes
Que em seu lombo a mais bela das prendas trazia
E que com uma bênção do sol
Que jogou em seus lábios o primeiro raio do amanhecer
Com seu sorriso iluminava o mais escuro dia
E em seus olhos a doce magia
Que a lua com o luar veio lhe dar
Pois fez com que em seu primeiro abrir de olhos
Fosse banhada com a luz do luar
Da bela lua cheia que admirava ao se banhar
Nas águas da cachoeira que faz o rio virar mar
Quando olho em teu sorriso
O meu coração calmo dispara
Mas quando olho em teus olhos
O amor me toma a alma
O mais triste nisto tudo é que o baio me tira a calma
Pois quando botar-lhe no lombo o basto
E meu amor outra vez levar...
Cinchado na ponta do laço a minha alma ira levar
Não importando quantas lagrimas o meu corpo vá derramar
Pois um corpo vive sem amor
Mas uma alma morre se não amar
Por isso fica o meu apelo:
Não deixe que o baio de mim ti levar
Pois se partir em seu galope o meu corpo vaio matar
Acabando assim com o homem que viveu pra ti amar
Luciano Ebeling Fonseca