Pelos campos soltos sem medo
Os sonhos de um homem de credo
Pé ante pé vai guardando em segredo
Alqueires de pedras, perfazem rochedo
As rochas são força que transparece
Em cada pedra solta no baixio
São dores, anseios, são fascínio
De gente do campo, que tudo conhece
Sabe de cor a lua, a estrela polar
Sabe que amanhã o vento vai soprar
Sabe que o mocho pia á tardinha
E que aquela Maria é bonitinha
Sabe que os calos, são medalhas
Ganhas com garra, grandes batalhas
Sabe que o mundo há-de acabar.
Pelos campos escondidos em degredo
Os olhos negros, já se vão fechando
Está velho demais, e de quando em quando
Ainda passeia pelos olivais
Olha o sol, adeus até mais
Estou velho, cansado outras coisas tais
Ao Alentejo lego os meus ais
Em pó me deslasso, manhãs Outonais.
Antónia Ruivo
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...