São nas entrelinhas que a minha alma relata
O amor, a paixão e os desejos inconfundíveis
Sonho com nossos corpos banhados nestes mares de prata
Desesperadosperdidos em amores impossíveis
Contemplo a cada manhã a imagem na qual você me retrata
Esforço-me para compreender os teus gestos incompreensíveis
Morrendo de medo de algum dia sentir tua falta
Arrasto-me aos teus pés fechando os olhos para os teus deslizes
Como resposta você desembainha uma espada que fere e mata
Estes sentimentos inacessíveis
Mesmo sabendo o quanto você me maltrata
Eu faço vistas grossas diante de todas as suas crises
Deixo escorrer em cachoeiras o meu sangue, o meu suor
Com as mãos tento fechar o corte que abriste em meu peito
Dando voltas ao seu redor
Deixo-me ser dominado pela tontura e desmaio em seu leito
Abro os olhos lentamente e em meu derredor
O mundo e suas imagens fazem um giro perfeito
Levanto-me escondendo na garganta um nó
E as lágrimas caem-me dos olhos quando me deito.
Escritor Jailson Santos
Escritor Acadêmico Jailson Santos