Antes que o sol seja assassinado no poente pela inevitável viração do dia
Antes que eu me deite, após minha rotina habitual.
Deixe-me converter o amor que sinto nesta apaixonada poesia
Antes que este sentimento me seja fatal!
Amo-te de forma desmedida
Quando te vejo meus olhos brilham mais que o clarão da lua
Transporto-me para outras dimensões sem querer nem saber o que será de minha vida
Que esta absolutamente ligada a tua...
Antes que a minha vida perca o sentido
E por quaisquer motivos eu não possa mais
Dizer-lhe que a amo bem baixinho no teu ouvido
Permita-me pronunciar-me uma vez mais!
Meus amigos me observam insatisfeitos
E preocupam-se comigo
Não sei até quando suportarei esta dor no meu peito
Não sei por mais quanto tempo suportarei estes castigos.
A agonia de sentir o meu coração convulso
Tremendo de fortíssimos anseios
Eu sinto parar a circulação da corrente sanguínea em meu pulso
Quando suavemente o meu peito encosta em teus seios.
A veracidade deste sentimento mexe com o meu sistema nervoso e sanguíneo
Só de pensar na probabilidade de perder-te passo mal
Eu não carrego no peito um pedaço de alumínio
As ânsias de amar-te abalam o meu sistema nervoso central!
Se todo este sentir é uma enfermidade sentimental
É uma doença sem cura
Então posso dizer que é algo fora do normal
E que oscilo lentamente entre a lucidez e a loucura!
Mas neste interregno a mão de Deus me segura
Para que e não caia quando choroso escrevo
Versos que abalam qualquer estrutura
E até mesmo os meus nervos!
Corro do Sul ao Leste
Desvairado declarando-me perco o meu norte
Na busca insaciável de ti meu anjo celeste
Enfrentaria até mesmo a morte!
Amo-te assim desesperadamente...
Carrego na pele a enorme cicatriz deste corte
Passam os anos e hoje te amo como antigamente
Embora não tive muita sorte.
Ontem pedi a Deus que tu me surgisse de repente como um clarão em uma noite escura
Espero em vão até que amanheça e você não aparece.
Onde estás meu anjo de candura?
Dobro os meus joelho e mais uma vez a Deus faço uma prece.
Faço juras,promessas, grito Pai nosso que estás nos céus...
Meu Deus, meu Deus me socorre!
Desesperado jogo para o ar um pedaço de papel
Com uma longa declaração, pois eu sinto que minha alma morre!
Nas longas estradas de espinhos e calcário
Partirei e não sei para onde vou
Mais antes que a minha alma morra sacrificada este calvário
Guarde eternamente esta declaração de amor!
Escritor e Mestre Jailson Santos
Escritor Acadêmico Jailson Santos