O som era impar e o corpo estremecia,
Como se quisesse falar comigo e não pudesse.
Entendi um “grita”, um “cresce” e um “vive”.
Senti um corpo que em mim não se revia.
Inspirado, jurei que mudaria!
Fiz planos no momento, e tomei por garantido
O esperado resultado.
O certo é que ficarei, de novo, pelas intenções…
E bastar-me-ei na vontade e, se for caso,
Direi palavras que me façam parecer ambicioso
Aos olhos de quem não se dá ao conformismo.
Tudo, para que me não julguem no abismo.
Certo é que tenho potencial!
E digo-o com a modéstia
De quem vos revela uma angústia…
A de saber que o usa invariavelmente mal.
Ah, se eu acordasse um dia e fosse, como devia,
O corpo e a alma que me sustentam
E não a mente que me atrofia…
Ah, quão menos “Ah” eu diria!?