Oiço a doce melodia do violino
Da minha graciosa donzela celta
De cabelo solto no meu olhar cristalino
Dançando fervorosa, ligeira e esbelta.
Toca e dança, deslumbra e encanta.
Completa-me com o seu ser.
Ouro. Muito ouro. Todo o ouro. Não adianta.
Tudo o que quero é vê-la feliz até morrer.
Para o Mundo, a minha donzela
Não passa de ilusão e loucura,
Mas é-me em tudo bela,
E vive em mim trancada sem fechadura.
Ela respira e faz-me viver.
Ela toca e dança de noite e de dia.
Vive por mim em mim sem morrer,
Porque a minha donzela é a poesia.
Corre livre como o vento entre árvores e flores!
Vibra e sente a Vida como cores dentro de cores!