De coração e alma travados
Choro e grito os meus pecados
De joelhos contigo me encontro
À espera de um terno abraço
Um subtil sorriso pelo caminho
Que me sorria com carinho.
Perplexo, enganado pela morte
Sou nada mais que vida
A sede...posso deixar de a sentir
O coração deixar de bater
Mas os teus labios quentes
Esses não posso perder.
Qual perdão qual desespero,
Sou um corpo nu ao relento
Aqui sofro e gemo por dentro
Observado de mansinho
Pela morte à qual caminho.
Bate-me, magoa-me e faz-me chorar
Não quero morrer sem nada amar
Estou drogado na tua mente
Na minha já nem estou presente
Faz-me cair de uma vez...
Sofrer já sofri, já morri
Atira-me ao chão...
Vais ver que mais não sofri!
No chão em agonia
Esqueço um coração que já bateu
Uma flor sem pétalas caída
Um prato mal lavado é agora um caco
Tal como a minha alma
Que partiste quando fugiste,
Noite em que tudo parecia sublime
E acaba assim,
Comigo junto a ti,
Sem alma e já fora de mim...