Poemas : 

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Vendo casinha bangalô, branca caiada
Defronte a um lago manso e sereno,
Rodeada por varandas, rede já disponível.

E tem serras lindas ao redor,
Donde, nas manhãs, se vê o sol nascer,
Resplandecendo todo vale ainda molhado,
Pelo orvalho do sereno da noite.

É soprada por brisas cálidas,
Sombreado por palmeiras e flores,
Onde borboletas passeiam sem norte,
E sabiás brincam pra quem estiver na varanda,
E gostar do seu melancólico cantar.

E no final das tardes cândidas,
Enquanto o sol se esconde lentamente,
E a noite vai se chegando mansa,
Ouve-se sussurrar de grilos e corujas,
Sinfonia que acalenta os ouvidos e o coração.

E se você tiver um grande amor,
Aconchegado e preso ao peito,
Enquanto se deita balanga a rede,
A noite vai cobrir todos os atos,
Proteger todo desejo e toda luxúria,
Encobrir todos os gestos e trejeitos,
Até o cansaço e o sono chegar.

Aceito troca,
Que seja por uma mala vazia,
Em boas condições,
Onde caibam pequenos pertences,
Que seja robusta,
Para segurar os trancos de um caroneiro
Que sairá pelas estradas,
Em busca de novo sonho.



EACOELHO


 
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EACOELHO
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