Sem ela, cada pensar me leva ao degredo.
Pois! Se até mesmo nos sonhos mais vazios,
Vejo como ela me despia, com seus dedos esguios
O seu toque, mais que prazer, era meu credo.
Sem ela, todos os sentimentos se tornaram frios;
Peripécias de não a saber ter amado e assim quedo
Abraçado ao passado, já que o hoje me faz ter medo,
Soubesse dissimular a falta de seus beijos macios.
Estar sem ela,ainda me causa tanta dor
Que se concentra no peito a cada instante
Em que saudoso não a posso chamar “ meu amor ”,
Inúteis os devaneios se o acordar vem já avante?
Pobre do que ama o passado, e hoje vive sem louvor
E daquele que mareia no amor e não é infante…
Paulo Alves