Sonetos : 

À BEIRA DO BEIJO

 
À beira dum lábio carmesim
O poeta sofre inatingível...
Beija então as papeletas dum diário,
A tela imaginária, em seu mundo inacessível...

Vaga então, na escuridão...
Dos versos que podem tudo,
Mas não conseguem ter a sensação,
Do beijo ardente, do lábio puro...

À beira do vício do olhar,
O poeta sofre a incerteza,
De que seus versos irão chegar...

Apenas no vínculo da transcendência!
O beijo então, se dissipa em lágrimas
À beira dum rio, como nas fábulas!



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
885
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/08/2007 18:36  Atualizado: 05/08/2007 18:36
 Re: À BEIRA DO BEIJO
Quem não viveu isso (quem não vive isso!) eu me incluo exatamente neste soneto. Muito bom Ledalge, diz de fato aquilo que nós sentimos.
Um beijo, Godi.

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 05/08/2007 19:16  Atualizado: 05/08/2007 19:16
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: À BEIRA DO BEIJO p/ Ledalge
Querida poetisa

À beira do vício do olhar,
O poeta sofre a incerteza,
De que seus versos irão chegar...

Este teu terceto ficou muito lindo
nunca temos mesmo a certeza que irá
chegar....Belo soneto

beijo doce n'alma