Vivemos em redes,
alçados nas internetes,
O próprio cérebro
e seus grandes circuitos.
Redes neuronais,
conexões, sinapses,
Circulam impulsos,
dopamina, serotonina,
Redes ambivalentes,
gatilhos, acionadores,
Do ritmo circadiano
ao ritmo cibernético,
Sujeito a estímulos,
imagens, emoções,
E depois, a mesma adrenalina,
como frear estes impulsos?
Como gerar nas redes o bem,
a solidariedade, a compreensão?
Sucumbiremos na espiral
das conexões?
Onde nos levarão estas velocidades
O que de fato buscamos e o que encontraremos?
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em abril de 2010.