Sem Razão
Onde está minha razão?
Talvez na Dias da Rocha
Onde bastou um olhar para me dominar
Quem sabe está no “Canadá”
Despido de pudores, se entregando a paixão
ou bebendo uma cerveja no Garota de Ipanema
Sendo massacrado por erros do passado
Sendo interrogado sem saber porque
E abandonando sua alma, quando não mais resistiu
Pode estar nos bares da orla
Entre conversas agradáveis e roçar de pernas
Naquele hotel sórdido
Onde as palavras se calaram diante da luxúria
Deve estar no retorno
Depois de tempos de espera agonizante
Perdido na Lapa entre bares e ruas
Fazendo dueto no Bar do Luis
Almoçando e fazendo compras em Botafogo
Deslumbrada com o entardecer de um dia lindo
Para de noite se perder numa caverna
E inflar seu ego com ciúmes e o medo da perda
Ficou na despedida melancólica
Quando promessas não foram feitas
E as verdades, foram quase ditas
E o adeus foi dado
Onde está minha razão?
Está guardada numa “Fortaleza” distante
Prestes a vir para um “Rio” de águas, agora, mais calmas
Está esperando te ver novamente
Para mais uma vez se perder