Sonho-Te regressada da outra margem
onde ancoradas memórias vivem intemporais
e sinto-Te como se nunca tivesses atravessado
o curso
das nossas tumultuosas vivências;
Enlaço-Te sem receio, firme,
por querer manter-te por perto,
longe do espectro da partida...
Com o cair da noite, deixo-me adormecer
a Teu lado,
e celebro o sonho que me mantém acordado
por não querer que se extinga
numa qualquer outra noite
de solidão.
"A ausência só é efectiva quando a presença nos é, ou foi, indiferente" (Ajota)