Há um refúgio na sabedoria verbal do teu corpo,
onde posso esgrimir a penumbra e o silêncio.
Chegam por esses umbrais até a mim
pela mão da dor apertada e ainda por vencer.
Relatam histórias de confusão e caos,
girando os negros portais da memória,
onde o vazio devora os possíveis amores
e todos os seus começos.
É como tivessem fugido de mim,
no ardor mais fragrante e sempre na sua promessa.
Condição imune ao amor,
ou à forma ascendente como te olho
e, permaneço pensativa e certa.
Unicamente és o beijo que me submete,
ao risco e à plenitude do absoluto.
Citilando lua sobre o limiar da próxima dor
um aroma a magnólia, uma brisa enfeitiçada,
auréola sem fim da pele do milagre.
Mas ainda não compreendo a claridade distinta,
que águas negra de estrelas, que música longínqua
te ondula na minha penumbra e silêncio.
Que um só pensamento sobre ti
é agora a minha vida até à morte,
ante a minha indefesa de te amar.
" An ye harm none, do what ye will "