Poemas : 

Carrossel de momentos

 
Eu sinto o que sinto,
na imensa perdição,
Coração de ilusão...
coração de razão...
coração mago...
coração triste...
coração imenso...
coração inerte,
que se prostra em cada penhasco,
julgando ser ali a sua hora e o seu momento,
coração desiludido...
coração iludido...
por ti, por mim, e por nós,
que bailamos em ilusões,
que foram escritas em cadernos de mercearia,
e o meu novo capitulo,
escrito a letras de ouro,
continua a espera que eu o abra...
e o escreva...
num futuro, que se escreve e reescreve,
tremendo carrossel de sentimentos,
ditarão os dogmas deste meu coração,
que dança um tango ao som do teu respirar,
ele puxa aperta, e gira,
em torno de cada teu olhar.
E quando tu sorrires,
eu irei chorar,
quando tu chorares eu irei sorrir...
seremos o equilibrio,
seremos sonhos em brocados de vida pintado,
quadros a pastel ou carvão,
mais do que ilusão,
mais do que pausas fotográficas,
serão beijos arrancados
em cada compatibilidade de lábios,
serão vidas cruzadas,
em cada esquina de viagens,
onde te amarei até ser dia,
onde as tuas mãos me prendem os punhos,
e a tua alma me prende o aroma,
trincas-me o corpo,
arrepias-me os sentidos,
neste carrocel de sentimentos,
que vai e vem e não para de arrepiar,
e quando te deixar,
o teu perfume tatuado no meu corpo,
continuará a enlouquecer-me
até ao segundo,
que poder voltar a perder todos os minutos,
na minha dança no teu corpo,
na minha cançao da tua alma
E na solidão,
sinto o teu olhar prostar-se em mim.
quente e sedento de vida...
e a ansiedade...
de correr para ti...
é maior do que a ansiedade...
da sede de infinito que me marca a viagem...
afinal...
...a sede...é saciada nos teus lábios...
lábios de Afrodite,
corpo de vénus,
tu és a loucura escrita a negrito no meu coração,
tu és a razão de não dormir,
tu és a razão de não acordar,
tu és a razão deste carrossel que teima em não parar...
Carrocel louco, de jogos de vidas,
de pilotos de sonhos, de compositores de quimeras,
e nestas metas que não existem corro sem fim...
na direcção da tua mão...
Dá-me a mão...
dá-me o coração,
dá-me a razão,
que nesse carrocel que não pára...
o teu corpo será o meu violoncelo,
os teus seios o meu violino,
o teu vibrar a minha música...
eu vou enlouquecer os teus sentidos,
corpo a corpo, alma a alma,
cinderela de momentos,
donzela de sonhos,
vou-me perder em ti,
vou-me encontrar nos teus seios,
vou-me apaixonar nos teus lábios,
e vou viver no rasto que deixas,
nas longas caminhadas,
que deixas pela vida...
nas longas caminhadas,
que deixas nos luares.


Alexander the Poet

 
Autor
Domitor
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