Navegando nas ondas azuis do teu mar,
Bebi das lágrimas que vertiam dos olhos
Teus... Tão tristonhos!
Quisera eu te levar pelo mundo dos sonhos
Fazendo poemas e amor a luz da aurora lunar.
Fazendo montanhas e montes do morro onde moro.
Queria contar-te, um a um, os fios dos cabelos,
E os dedinhos da mão,
Lentamente, para volúpia minha e deleite dos
Meus dedos feios, felizes e vermelhos...
Riscar os muros do mundo
Com os mais ousados versos
E as mais audaciosas canções
Que absorvo, dissolvo, reverbero
Em meus momentos de regurgitações
Em dias plausíveis e incertos
Quando brotam estranhas composições
Dentro das cavernas do meu cérebro...
Queria te levar pela atmosfera em fantasia
Fazer amor gostoso envoltos em gorduras
Lá nas camadas gélidas de gigantes alturas
Onde os anjos dormitam a luz azul do dia...
Navegando no anil onduloso do teu mar
Bebi dessa água pura, protéica e cristalina;
Perdi-me na profundidade do teu olhar
Encontrei-me um dia em tua poesia.
Beijinhos! Poetisa!
Gyl Ferrys