Onde estás II - mar vácuo
Quantas vezes já te procurei?
Por quantos mares já naveguei procurando por ti?
Em quantos navios do velho porto eu parti?
E quantos deles eram apenas barcos de sonho?
Esse sonho de um dia te encontrar;
Quem sabe, real?
Em quantas marés eu procurei por ti,
E quantas delas nem sinal de ti?
E no embalo desse mar vácuo
No silêncio que o vento me traz;
Uma triste voz que chama por ti.
E quantas vezes sem eu saber;
Era a loucura que vinha de mim…
Por quantos mares mergulhei
E nos seus fundos eu te procurei;
E nunca te encontrei…
Nem pistas…
Nem um único sinal!
Apenas o sol me guiava,
Ou uma tola esperança que se disfarçava.
"Quem sabe se um dia…"
O sol apagou-se.
Os anos passaram por mim.
"Quem sabe"… nunca nem sinal de ti!
Ainda hoje rumando
No seu velho barco de papel
Vai um velho feito de esperança
E vestido em trapos de loucura…
Algures no silêncio do vento
Ainda há uma voz que chama por ti;
E quem sabe…
Seja apenas ele.
Que te procura à beira do fim!