Podem levar-me tudo, até a própria vida,
Porque sem ti sou nada e nada anseio…
Oh! Alma impura, que fizeste da divina
Colheita, que o amor te trouxe com enleio!
Não como, não durmo, meu pensamento
É contigo e eu sinto que desfaleço aqui,
Sem saber sequer o que me traz o alento,
Porque não te tenho mais junto a mim.
Sim! Errei mas quem não erra, enfim!...
E eu, que queria cuidar de nossas ânsias,
Vi-me sozinho neste deserto sem fim.
Que faço eu agora de mim, nada importa!...
Foram-se as batalhas e as militâncias,
Sobrando-me a clausura ou uma porta.
Jorge Humberto
03/08/07