Por um pouco se perde, por um nada se ganha,
Lá diz o ditado e a populaça, que, dor tamanha,
Enfrenta o esconjuro e a trama inópia do braço,
Qual infortúnio ou sagitado em forma de traço.
Mas se quereis registro na história faze façanha,
Como aquela que ergueu reis pela vil assanha.
E faze de ti um ser duplo sem qualquer embaraço
Não te esqueças porém de levar à certa o baraço.
E enfrenta com coragem e resolução tua conduta…
Embarca na Nau da esperança tua régia vontade…
E terás assim junto de ti a tua própria permuta.
Verás então que, no fim de tudo, és um Homem,
Meu filho, com sabedoria e briosa liberdade,
Que farão de ti um exemplo a seguir, meu jovem.
Jorge Humberto
02/08/07