Hoje...
Sou como um sacerdote
Que prega e não acredita
Que na cabeça a voz palpita
Não pregues o que não crês
Mas outro dia amanhece
E novamente o sino toca
Outra vez ele evoca
E prega as palavras que abnega
Dentro de sou coração
Já eu vivo um caso parecido
Amo a minha amada isso é fato decidido
Mas as bifurcações das estradas da vida
É que me deixam dividido
A amo por ser quem é mulher forte e determinada
Que merece ser amada só por ser quem ela é
Até ai tudo bem, sou diferente dele
E nem me acho igual a ninguém
O problema que me deixa injuriado
É que o caminho bifurcado ai começa
E no tabuleiro do jogo do viver
Nesse ponto encontro nossa igualdade
Pois ele prega mas não acredita
Em outras palavras canta ao diabo em tom de citra
Já eu amo e sou dedicado
Mas na hora do sexo apaixonado
O meu corpo se corrói
Pois falta-lhe na cama tudo o que o meu amor constrói
E que na hora do prazer o seu gozo apreçado destrói
Eu não quero buscar fora tudo do que eu esperei por uma vida
E por causa só de sexo o meu amor vai dar a despedida
Pois não quero ser um desses sacerdotes que mentiu por toda a vida
Luciano Ebeling Fonseca