Canto uma canção moribunda, sonho contigo. Nas vidraças das janelas cai água dos céus, e vislumbro o firmamento. Acalento-me no som da água, refugio-me dentro das flores. Oculto-me por dentro de mim. Venho, por vezes, dar luz ao luar, nasço, vivo e morro de vez em quando, quando o universo se lembra de mim. Tenho sonhos de nascentes, de águas límpidas e claras, de rios fartos e nascentes de ouro, entrelaçadas no meu olhar. Sou luz leve no crepúsculo, lua nova nas noites da imensidão. Cubro-me de folhagem e vivo da humidade agreste dos teus lábios...